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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Olhando pro céu

É Papai Noel, você não existe.
Triste admitir que não passastes de uma doce ilusão.


Mais difícil ainda, admitir que eu, amarga, não acredito mais no velho imortal que poderia atravessar a superfície da terra bravamente na véspera do Natal, realizando sonhos infantis.

Acreditei tanto em ti! 
Deixei frestas na janela pro senhor entrar.
Deixei meu sapatinho, não na janela do quintal, mas ele sempre esteve sobre o sofá da sala.
As bolachas que deixei, agora sei não as comeu.
Foi duro descobrir que o senhor não existiu!
Engraçado pensar que por traz de tanta magia não estavas lá.
Saudades das noites em que o ultimo suspiro ao adormecer vinha com um sorriso intenso da alma inocente de menina.
Foi difícil crescer, e até doloroso.
Mas....voltei aqui.
Quero escrever-te, sei que hoje almejo outros presentes.
Vão-se as ilusões.
Hoje descobri que realizei sonhos que não dependiam de ninguém além de mim mesma.
Sonhos reais!
Tenho uma filha linda que chegou no dia de Natal!
Não, não se preocupe, ela também acreditou em você!
Hoje quero algumas coisas simples, nada além do que eu mereça.
Não gostaria de ter acordado, era bom fantasiar.
Mas, nessa realidade, quero pedir paz ,manter a saúde em bom estado.
Quero agradecer as amizades, as pessoas que permaneceram em minha vida.
Quero contar ao senhor que em todas as noites de natal minha família se reúne e nos lembramos de você, mesmo sabendo que não passa de mera ficção.
Quero manter vivo o amor no coração, poder ser útil ao meu próximo.
Desejo união!
Ao fim, espero que o senhor nunca abandone o mundo da ilusão onde moram os sonhos cercados por estrelas cadentes brilhantes.
Sem sonhos não há vida...esperança é pra sempre.
E sempre haverá uma criança de olhos voltados pra imensidão azul...a espera de uma estrela.